1.
Luto
Conforme vemos em luto e melancolia, quando perdemos alguém, por mais doloroso que seja, fazemos um trabalho psíquico para superar a perda.
Neste, passamos por um conjunto de ações psíquicas que introjetam no eu, simbolicamente, aquilo/aquele que foi perdido.
Com essa integração no eu, o luto tende a se encerrar e a possibilitar novas formas de caminhar/seguir. É como se pegássemos o que a pessoa representa para cada um de nós e fossemos comprimindo até o ponto de se tornar algo que conseguimos “carregar conosco”, nos ajudando a produzir encontros ricos e desejantes no que se seguirá.
Nesse processo de superação do luto, ainda que tenhamos saudades e nos sintamos tristes pela perda, é possível que percebamos que o alto conceito que tínhamos pelo o que foi transitório e por outros objetos de amor ao nosso redor, em nada se perdeu.
Contudo, vale lembrar que o luto pode ser um processo lento e que é uma vivência singular de cada sujeito. Ademais, a análise pode contribuir com a elaboração do luto.